Se você está pensando em investir seu dinheiro ou já investe há algum tempo, provavelmente já deve ter ouvido falar sobre a diversificação da sua carteira de investimentos. Basicamente, a diversificação protege o investidor dos riscos associados a ativos semelhantes entre si, que possam ter um desempenho similar diante de certos cenários de mercado.
Imagine que você possua em seu portfólio apenas 5 ações: Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google. Todas elas são bastante reconhecidas pelos investidores por fazerem parte do grupo das FAAMGs, além de possuírem uma invejável capacidade de gerar caixa e remunerar seus acionistas. Entretanto, cada vez mais existem pressões tanto de governos quanto de órgãos regulatórios acerca das atividades dessas companhias, o que pode comprometer a receita das FAAMGs no curto e no médio prazo. Enquanto isso, existe uma cesta de outras companhias – de menor valor de mercado – que estão bem posicionadas no setor de tecnologia e que vêm crescendo suas receitas em dois dígitos já há algum tempo. A partir do momento em que outras notícias sobre problemas judiciais das gigantes de tecnologia vem à tona, é comum que os investidores acabem se livrando de uma parte de seu capital alocado nessas empresas para se posicionar nesta outra cesta de companhias, fazendo com que as cotações dessas outras empresas acabem subindo 10, 20, 50% enquanto você perde toda essa alta, comprado apenas nas empresas mais populares do mercado.
Esse é só um exemplo de como a diversificação pode te ajudar a montar uma carteira de investimentos vencedora no longo prazo. Mas com as recentes valorizações do dólar perante o real nos últimos anos – mais de 200%* nessa última década – uma das diversificações que vem se mostrando cada vez mais necessária é a diversificação cambial em uma moeda forte, como, por exemplo, o dólar.
Para se expor ao risco do dólar e mitigar o Risco Brasil, existem diversas opções no mercado. Ações americanas, ETFs, BDRs, fundos de investimento em ações e até a compra da própria moeda americana diretamente. Hoje, nós vamos centralizar nossa discussão em duas das mais populares opções: os BDRs e os fundos de investimento em ações. Para isso, o investidor precisa entender quais são as diferenças entre essas duas classes de ativos:
BDRs
Os BDRs – sigla para Brazilian Depositary Receipts – são, na verdade, títulos emitidos no Brasil com lastro em ativos emitidos fora do país. Portanto, quem investe em BDRs, na verdade, não está comprando o ativo em si, mas sim títulos emitidos por outros órgãos e que representam ações estrangeiras. De maneira geral, eles são a opção mais rápida e fácil para o investidor se posicionar diante da variação cambial dólar-real por estarem presentes na grande maioria das corretoras brasileiras, mas existem alguns outros pontos que precisam ser comentados:
Oferta limitada: Existem, atualmente, cerca de 700 BDRs disponíveis para serem negociados na B3, além de pouco mais de 50 ETFs. No mercado americano, entretanto, existem mais de 6000 empresas listadas, além de mais de 7000 ETFs.
Menor liquidez: apesar de o investimento em BDRs estar se popularizando cada vez mais no Brasil, ainda existe uma demanda relativamente baixa por esses ativos, se comparado com os mesmos papéis em seus mercados de origem. Isso faz com que o preço desses ativos acabe destoando um pouco do real valor daquela ação, já que não existem compradores e vendedores suficientes para equilibrar a negociação desses papéis.
Taxação dos dividendos: por não serem realmente os ativos em si negociados, mas sim títulos emitidos por outras instituições, existe uma cobrança de 3% a 5% por parte dessas instituições em cima dos dividendos recebidos pelos acionistas. Confira o caminho percorrido pelo dividendo pago através de uma BDR:
Fonte: XP Inc
Tributação: A tributação dos BDRs realizada por conta do imposto de renda é de 15% sobre o lucro nas negociações. Essa cobrança é aplicada mesmo para lucros menores de R$ 20 mil (diferentemente das ações, por exemplo).
Apesar destes pontos, por possuírem uma maior facilidade para serem adquiridos, além de que cada vez mais corretoras vêm deixando de cobrar taxas de corretagem para este tipo de ativo, os BDRs acabam sendo bastante populares entre os investidores. Mas qual seria uma outra boa alternativa disponível para os investidores?
Fundos de Investimento em Ações
Os fundos de investimentos em ações possibilitam ao investidor estar exposto a diversos ativos com diferentes características. Quando um investidor opta por este tipo de aplicação, ele está, basicamente, comprando uma cesta de ativos escolhidos a dedo por uma gestão profissional, geralmente composta por gestores que já estão no mercado há vários anos. Da mesma maneira que os BDRs citados na seção anterior, é possível estar exposto à variação do dólar em um fundo de ações – dependendo da característica do fundo - e estes possuem algumas características vantajosas frente aos BDRs:
1) Disponibilidade de tempo: acompanhar o mercado e analisar os fundamentos das empresas ao investir são atividades essenciais ao se definir um portfólio de ações. Você estará assumindo um risco muito grande ao investir em ações específicas apenas por um ou outro motivo isolado e que não leve em consideração todos os outros fatores que podem influenciar nas atividades de uma empresa. Analisar o setor de atuação de uma companhia, a macro e microeconomia envolvidas e as ações que as empresas tomam diante destes cenários são fundamentais para que você consiga ter um bom desempenho nos seus investimentos. Portanto, caso você não tenha tempo e nem o interesse de analisar esses fatores, aplicar seu dinheiro em fundos de ações é uma das maneiras de você conseguir mitigar os riscos de seus investimentos.
2) Gestão Profissional: os fundos de ações são geridos por profissionais altamente qualificados no mercado financeiro, funcionando como uma espécie de assessoria personalizada dos seus investimentos. A função destes gestores é selecionar as melhores ações, bem como o valor que poderá ser investido em cada uma delas, objetivando sempre obter o máximo de retorno com o menor risco possível. A ideia aqui é sempre superar a média do mercado. Sendo assim, contar com uma equipe de gestores profissionais se mostra como uma das grandes vantagens dos fundos de investimento, tornando-os mais atrativos aos olhos dos investidores iniciantes e até os mais experientes.
3) Facilidade de diversificação: uma das maiores vantagens de se aplicar em fundos de ações é a diversificação oferecida pelo fundo. Tanto a diversificação em moeda, no caso de fundo em que investem em ativos no exterior quanto a diversificação entre as próprias companhias do fundo são fundamentais para mitigar os riscos da aplicação do investidor. O gráfico abaixo expõe a importância de você possuir diversas aplicações dentro de um mesmo portfólio:
Fonte: Investing.com
4) Tributação e pagamento de impostos: os fundos de investimento em ações, geralmente, cobram uma taxa de administração entre 2% a 3% ao ano, além de uma taxa de performance que é cobrada proporcionalmente ao desempenho do fundo, caso supere um índice preestabelecido. Esse pagamento acontece para remunerar os gestores que estão escolhendo – de maneira ativa – as ações que compõem a carteira do fundo. Em comparação com os BDRs, os fundos apresentam uma maior facilidade no pagamento do Imposto de Renda e no Imposto sobre Operação Financeira (IOF) que, na maioria das vezes, é retido diretamente da fonte. Dessa forma, os clientes dos fundos não precisam se preocupar com os cálculos do imposto de renda, já que o próprio gestor descontará os devidos valores e enviará um relatório para você explicando como realizar sua declaração anual de impostos.
Com essas informações, você pôde conhecer um pouco mais sobre os fundos de investimentos em ações e suas vantagens e desvantagens em relação aos BDRs. O Newton é o nosso fundo de investimento em ações, contaremos um pouco mais sobre ele a seguir.
Newton Global Tech Fund
O Newton investe em ações de tecnologia globais, se mostrando como uma das alternativas para a diversificação do portfólio de um investidor. Exposto à variação cambial e com mais de 20 ativos na carteira, o Newton está exposto também a diversos setores do ramo da tecnologia. E-Commerce, Cloud, Mídia, Pagamentos e Saúde são apenas alguns exemplos dos setores de atuação das empresas que compõem nossa carteira. Temos uma alta perspectiva de retorno, com baixo risco pela diversificação em ativos caracterizados pela forte trajetória de crescimento e protagonismo em seus respectivos segmentos de atuação.
Conseguimos responder as diferenças entre o investimento em BDRs e em fundos de investimentos em ações? Além de contar com gestores profissionais para gerenciar o portfólio, você ainda conta com a diversificação dos seus investimentos de forma acessível para todos os investidores. Conte conosco para te ajudar nessa jornada!
F=ma
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