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O impacto regulatório no crescimento das big tech chinesas

Foto do escritor: Alexandre ConstantiniAlexandre Constantini

Atualizado: 25 de ago. de 2021

No embalo da nota da China que publicamos na última semana, vale um breve brainstorm adicional sobre o tema.


Recentes discussões sobre uma maior regulamentação das big tech chinesas pelo Governo de Pequim certamente trazem algumas dúvidas sobre uma possível limitação da força de atuação destas empresas, principalmente no que se refere a serviços financeiros, amplamente desenvolvidos pelo We Chat Pay e Alipay. Tais discussões acabaram por adiar o IPO de Ant Financial, ainda sem nova data para ser lançado. Na verdade, preferimos enxergar o copo “meio cheio”, e vemos com bons olhos esta regulamentação, por alguns motivos:


- Tais grupos já são muito fortalecidos com as várias operações complementares que possuem, e a capacidade de oferecer uma gama de serviços financeiros (na maioria dos casos, com o risco de underwriting recaindo sobre os bancos estatais chineses), desagrada as autoridades chinesas. Limitações neste sentido, transferindo aos players privados mais riscos e menos força (e consequentemente, vantagens) nas operações casadas que oferecem, nos parece uma maneira correta de fomentar a competição no setor (ainda que acarrete receitas menores nestes serviços específicos para tais empresas);


- Regulamentar o setor e limitar o poder de fogo dos gigantes conglomerados chineses passa ao mundo uma impressão positiva de que não há um protecionismo desenfreado destes “national champions”;


- Adiar o IPO da Ant Financial por questões regulatórias também ilustra uma preocupação das autoridades chinesas em reforçar uma maturidade do mercado acionário chinês, num momento em que o Governo dos EUA implica (e complica) com a listagem destas mesmas empresas chinesas nas Bolsas Americanas.


Batalhas geopolíticas à parte, temos a impressão que grandes investidores do mundo (muitos dos quais, norte-americanos) que já há muito tempo investem nestas fenomenais empresas chinesas não gostariam de ser privados da possibilidade de continuar investindo na China. Seja pela capacidade de inovação sem precedentes deste país (vale lembrar que em 2018, a cada 4 dias nasceu um unicórnio na China), seja pelo crescimento secular da economia que ainda está por vir, e que fará da China a maior economia do Planeta.


O fato é que há muito progresso e inovação por vir da China, seja nas redes de 5G da Huawei, nos handsets inovadores da Xiaomi, dos live-streaming de vendas do AliBaba e Pindoduo, de um próximo app despretensioso como o TikTok, das inovações do Baidu (aliás, há quem diga que Baidu desenvolveu o motor de busca antes do Google - uma discussão tão árdua como “quem se pintou primeiro: o Kiss ou o Secos e Molhados?”). Não saberíamos dizer. Adoramos Google e também gostamos de Baidu, embora nosso TMFP reprovou a empresa em alguns quesitos importantes – principalmente o cash burn e operações deficitárias do iQyiy – deixando Baidu de fora do nosso portfólio no momento.


Brincadeiras à parte, já dissemos antes e voltamos a repetir: gostamos bastante de China, embora reconheçamos claramente riscos e possíveis turbulências esporádicas na questão geopolítica, as quais acreditamos que devem ser superadas pelos sólidos business cases destas empresas numa estratégia de médio-longo prazo.

E é este o propósito do Newton Fund: comprar ações com modelos de negócios bem estabelecidos, que apresentem forte crescimento em métricas variadas (tais como receita, usuários, geração de caixa), que detenham balanços patrimoniais bastante sólidos, e que consigam passar por períodos de turbulência, sempre com uma visão de longo prazo. Além disso, estas ações têm que rankear muito bem nas nossas métricas de TMFP (Tecnologia, Mercado, Finanças e Pessoas), suportadas por fundamentos de research e venture capital. É aquele velho ditado em inglês: “A bumpy road well worth the ride”.


F=ma

 

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